Descubra o que é dissídio, como ele impacta o salário de quem é CLT e o que muda na sua vida profissional. Entenda seus direitos agora!
O que é dissídio e como isso interfere na vida de quem é CLT

O que é dissídio?
Dissídio é o nome dado ao processo de negociação ou decisão judicial que define os reajustes salariais e outras condições de trabalho para quem atua sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ou seja, o dissídio é o que garante, ano após ano, que o salário de milhões de brasileiros não fique parado no tempo, acompanhando, por exemplo, a inflação.
A grande maioria dos dissídios acontece de forma coletiva — entre sindicatos de trabalhadores e empregadores —, e serve como um dos principais mecanismos de correção salarial e manutenção de direitos da classe trabalhadora.
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Por que o dissídio existe?
O dissídio é essencial porque, com o passar do tempo, o poder de compra de um salário pode diminuir. Com a inflação subindo, o que antes dava para pagar o mercado, o aluguel e as contas, pode não ser mais suficiente.
Então, o dissídio entra como um “ajuste de rota”, permitindo que os trabalhadores recebam um reajuste salarial — muitas vezes anual — para continuar tendo condições dignas de vida. Ele também pode discutir outros temas, como:
Aumento de benefícios (vale-alimentação, plano de saúde, etc.);
Jornada de trabalho;
Condições de trabalho;
Licenças e folgas;
Participação nos lucros e resultados (PLR).
Tipos de dissídio
Dissídio coletivo
É o mais comum. Acontece quando o sindicato que representa a categoria dos trabalhadores entra em acordo com o sindicato dos empregadores. Se houver consenso, um novo acordo coletivo é firmado. Caso não haja, o caso pode ser levado à Justiça do Trabalho para que um juiz decida os novos termos.
Dissídio individual
Acontece quando um trabalhador, sozinho, entra na Justiça para resolver uma disputa com o empregador — como atraso de salário, verbas rescisórias ou descumprimento de direitos.
Como o dissídio interfere na vida de quem é CLT?
1. Reajuste salarial
O impacto mais direto do dissídio é no salário. Quando há aumento, o valor é aplicado sobre o salário-base, e o trabalhador recebe o reajuste de acordo com a data-base da categoria (o mês em que o dissídio é negociado todo ano).
💡 Exemplo: Se você ganha R\( 2.000 e o reajuste foi de 6%, seu novo salário será R\) 2.120.
2. Reajustes retroativos
Se a negociação demorou para sair, é comum que o trabalhador receba os reajustes retroativos desde a data-base. Isso significa que você pode receber um valor extra correspondente aos meses passados.
3. Mudança nos benefícios
Além do salário, benefícios também podem ser ajustados. Um vale-alimentação que antes era de R\( 300 pode passar a ser R\) 350, por exemplo.
4. Segurança de direitos
O dissídio também reforça e atualiza cláusulas trabalhistas da convenção coletiva, o que significa mais segurança jurídica para o trabalhador CLT.
Quando o dissídio é aplicado?
Cada categoria profissional tem uma data-base, que costuma ser entre os meses de janeiro e setembro. É nessa data que as negociações ocorrem. Se tudo correr bem, o aumento é aplicado pouco depois. Se houver impasse, pode demorar mais — e aí entra o dissídio judicial.
Diferença entre dissídio e reajuste salarial
Embora muitas pessoas usem as palavras como sinônimos, há uma diferença técnica:
Reajuste salarial é o aumento anual que busca acompanhar a inflação.
Dissídio é o processo (negocial ou judicial) que define esse reajuste e outras condições de trabalho.
Ou seja, o reajuste é o resultado final, enquanto o dissídio é o caminho para chegar lá.
O que fazer se o dissídio não for pago?
Se você percebeu que colegas de trabalho da mesma categoria já receberam aumento e você não, o ideal é:
Verificar com o RH da empresa;
Consultar o sindicato da sua categoria;
Procurar orientação jurídica, se necessário.
O não pagamento do dissídio pode gerar multa para o empregador.
Perguntas frequentes (FAQ)
Qual é o valor do dissídio?
Depende da negociação de cada categoria. Em geral, o reajuste salarial gira em torno da inflação do ano anterior, podendo ser maior ou menor.
Quem tem direito ao dissídio?
Todos os trabalhadores com carteira assinada (CLT), desde que estejam ligados a uma categoria com representação sindical ativa.
O dissídio vale para quem está em contrato temporário?
Geralmente, não. O dissídio se aplica aos contratos regidos pela CLT e vinculados a uma convenção coletiva.
O dissídio pode ser maior que a inflação?
Sim! Se o sindicato conseguir negociar bem ou houver ganhos expressivos no setor da categoria, o reajuste pode ser acima da inflação.
Como saber quando vai sair o dissídio da minha categoria?
A melhor forma é acompanhar as comunicações do seu sindicato ou perguntar diretamente ao RH da empresa. Também é possível consultar o site do sindicato da sua categoria.
Conclusão: fique de olho no seu dissídio!
Agora que você já sabe o que é dissídio e como ele afeta diretamente sua vida como trabalhador CLT, é hora de ficar atento. Reajuste salarial não é um “presente” do patrão — é um direito conquistado por meio de luta sindical e garantido por lei.
💬 Converse com colegas, entenda como funcionam as convenções coletivas da sua categoria e acompanhe os canais de informação do seu sindicato. Estar bem informado é o primeiro passo para garantir que seus direitos sejam respeitados.
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